Fluid responsive

"Fluido" é um termo que eu não utilizo nunca, por várias razões.
Primeiro porque sua origem nos textos médicos é bem recente, aparentemente após o advento da tradução de máquina que acabou o colocando onde não devia, simplesmente por tradução literal.
O corpo humano não tem fluidos; tem líquidos, soluções, leite, sucos, sangue, esperma, secreções e humores (como o humor aquoso).
(Também não tem água, mas isso é outro assunto.)
No caso deste post, o texto se refere a um paciente com hipovolemia que responde bem à reposição volêmica (ou a volume, ou à hidratação venosa). Nada de fluidos.
Além do que tenho particular antipatia idiossincrásica pelo termo que sempre me lembra o combustível usado para os antigos isqueiros.
É importante que a linguagem científica seja clara e inequívoca e não use termos que estimulem a imaginação ou tenham fortes conotações que nada têm a ver com o conteúdo veiculado pelo texto.
Por isso me empenho em manter uma linguagem simples e clara, que não remeta o leitor a outras ideias ou imagens que o distraiam do texto.